Antes do Congresso, ouvimos JES dizer que queria que as eleições se realizassem tão logo a nova Constituição fosse aprovada, tarefa que quanto a ele deveria ser acelerada, a apontar, nas nossas contas, para o primeiro trimestre do próximo ano.
Como JES defende o modelo C, que, para além de ser extremamente redutor (não permitindo vida política fora dos coletes partidários), é efectivamente bastante "Confuso" em relação ao tipo de sistema político que se pretende, começando pelo eleitoral, era suposto que as eleições fossem antecipadas para o segundo semestre de 2010, com a consequente suspensão do actual mandato do MPLA que vai até 2012.
Depois do Congresso, JES mudou de ideias ou foi aconselhado pelo conclave a fazê-lo.
Agora já defende que o mandato do MPLA deve ser cumprido de acordo com a actual constituição, o que quer dizer que não deverá haver eleições antecipadas.
Se a actual constituição se mantém em vigôr, ficamos sem saber como é que fica a regularização do mandato presidencial, isto é, para quando teremos a realização das prometidas e devidas eleições presidenciais que deveriam ter lugar este ano.
Não havendo eleições presidenciais, JES continua a fazer a sua transição eterna até um dia destes.
Quem manda, manda...
O VIºCongresso do MPLA foi igualmente muito pouco esclarecedor em relação ao próprio futuro de JES, pois continuamos a ter como válida a sua "declaração de rendimentos" de 2000/2001,
quando afirmou que o candidato do MPLA às proximas eleições presidenciais não se chamaria mais José Eduardo dos Santos.