segunda-feira, 22 de março de 2010

Huíla a caminho da Dipanda?

"Não se pode perder tempo. Temos de fazer um país. Na minha geração já não há nada a temer. Já tememos tudo. É preciso um compromisso de fazer país e país não se compadece com o populismo a que estivemos sujeitos durante muitos anos. O meu próprio partido, se esteve por trás disso, tem essa co-responsabilização." -Isac dos Anjos ao Novo Jornal(19/03/10) JCRC deixou um novo comentário na sua mensagem "Huíla a caminho da Dipanda?": Caríssimo, O que é que nós fizemos à estes senhores para merecer isto? Sempre com a mesma conversa de chamar "casebres" as casas erguidas com tanto esforço e de "oportunistas" àqueles que construíram em áreas reservadas pelo Estado, mesmo que não tivessem consciência ou sido previamente avisados de tal facto (na verdade se tornou facto muito recentemente...). (i) Um Governo que não nos garante água, luz ou habitação digna faz o quê? (ii) Um Governo que não garante igualdade de oportunidades e educação de qualidade para todos os angolanos serve para quê? O lógico seria retirar as pessoas que vivem em zonas de risco e realojá-las em locais melhores em termos de segurança e habitabilidade, nunca partir e mandar para rua sem amparo. Os realojamentos são procedimentos caros, mas podiam ser resolvidos com disciplina orçamental e vontade política; sugestões: (i) Parte dos impostos pagos em transacções imobiliárias deveriam ser consignados à um Fundo Nacional para habitação social (por exemplo, quando compro uma casa no Talatona x% dos impostos inerentes vão para o dito fundo). (ii) Existindo procura como sabemos, o Estado poderia vender património imobiliário desnecessário e terrenos valiosos (em vez de os 'oferecer' à filhos e primos) para sustentar o esforço de construção e requalificação a nível nacional. (iii) As empresas privadas de construção deveriam ser incentivadas a apresentar soluções económicas para habitações, sendo que seriam beneficiadas fiscalmente com o abatimento de impostos por cada habitação social construída. (iv) As habitações sociais deveriam preferencialmente ser vendidas, a um preço muito próximo do de construção incluindo nos casos de desalojamento por incumprimento legal ou falta de condições de segurança com exclusão dos casos de extrema pobreza. (Peço desculpa pelo comentário extenso) Publicada por JCRC em morrodamaianga a 23 de Março de 2010 11:39 NA- Estás desculpado caro JCRC. Para este tipo de intervenção o Morro tem todo o espaço disponível. Eu é que agradeço a colaboração. Volte sempre!