Acabou por ser uma mexida estrutural que implica algo mais sério, pois na calha podem estar outras rectificações do género.
Ainda sem qualquer explicação para o sucedido, o dito foi dado pelo não dito.
Ou seja: O novíssimo Ministério do Comércio, Turismo e Hotelaria deixou de existir, sem nunca ter funcionado, por obra e graça de uma "rebelião" que se instalou no seu regaço.
Pelo que se sabe, Mutindi não aceitou a despromoção para Secretário de Estado na dependência da nova ministra e bateu com o pé e com as mãos.
Foi ouvido lá em cima.
Está provado que em Angola é cada vez mais verdadeiro o conceito do quem não chora não mama.
Na sequência desta mexida tudo volta à primeira forma.
A "camarada Idalina" regressa ao seu ministério e o "camarada Mutindi" faz igual percurso.
Fica tudo na mesma.
Temos assim novamente os dois ministérios separados.
O meu amigo Carlos Cunha, o Oca, que estava a assessorar Pedro Mutindi como Ministro é que respirou de alívio, tendo sido o primeiro a saudar vivamente este recuo do Maestro, considerando que é preferível rectificar em tempo útil os erros cometidos, do que permanecer com eles o resto da vida.
Afinal de contas, e para além do Maestro, quem foi o responsável directo (estratega) pela formataçao deste Governo?
Sabe-se que foi uma comissão coordenada por Carlos Feijó, o novo homem forte da administração, que trabalhou no dossier.
Enquanto aguardamos por outras informações, acreditamos piamente que Idalina Valente não tenha tido nada a ver com a fusão que agora acaba de ser desfeita de forma tão aparatosa.
Seja como for, será a sua imagem, quem mais sairá chamuscada desta rocambolesca reviravolta.
Falar de mais uma trapalhada, já não resolve o problema.
Haja paciência!
* Bilo- calão luandense que significa luta, combate.