Se por alguma razão jamais me poderei esquecer deste aniversário do MCS, estou certo que será, certamente, pela actuação da Orquestra Kapossoka e pelo significado profundo que ela representa em termos mais gerais no âmbito das opções que as nossas crianças têm disponíveis para além da escola.
Com o Kapossoka fiquei um pouco mais descansado em relação ao futuro dos nossos putos.
Com o Kapossoka, lembrei-me de uma "praga" chamada kúduro e voltei a ter esperança.
Ainda nada está perdido.
Ainda é possível que os nossos jovens se voltem a interessar e a aprender a música conforme ela foi concebida pelos clássicos.
Faz falta no meio de tanta barulheira, de tanto disparate, de tanta agressividade, de tanta mediocridade.
Que venham pois mais Kapossokas que eu já não aguento mais com tanto kúduro.
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2 comentários:
JCRC disse...
Aí está uma bela iniciativa da (minha) administração da Samba. A badalada reforma escolar inclui o ensino da música nas classes primárias? Se não, é mais uma falha das tantas que o ministério esconde.Para completar seria útil a edificação de uma Opera House dígna de apresentações deste género e não só, aposto que serveria melhor o país do que uma vila paradisíaca a beira do rio Kwanza.Abraço e bom fds.P.S.: Gostei da nova cara do "morro".
18 de Junho de 2010 09:43
Koluki disse...
Os meus parabens aos kanukos da Orquestra Kapossoka e seus criadores...Sem pretender trazer para aqui as minhas "makas de sanzala" (leia-se "posicoes algo controversas", ou "mal compreendidas", ou simplesmente "pouco confortaveis" para alguns) sobre este tipo de questoes, gostava apenas de reiterar que nao tenho nada contra a musica classica (muito pelo contrario...) - o que tenho contra e' que se fale em "musica classica" apenas em referencia a "musica classica europeia". Assim, o que esses jovens tocam sao "instrumentos musicais classicos" ou "musica classica", tal como "os classicos europeus os conceberam".Ha' instrumentos classicos africanos como a kora, a marimba e o kissange que, quando tocados tal como "os classicos africanos" os conceberam podem ter o mesmo efeito melodico e orquestral que os violinos, violoncelos e pianos "classicos europeus" (o mesmo se poderia dizer de instrumentos classicos de outras culturas, como o sitar, ou o santoor da musica classica indiana, por exemplo).O ideal, quanto a mim, seria que, especialmente nos paises africanos como Angola, se cultivassem de forma pelo menos igual os classicos africanos e os classicos europeus, entre outros.Quanto ao Kuduro... bem, isso e' outra conversa (mas tenho a certeza que os kuduristas se saberao defender melhor do que eu)!
18 de Junho de 2010 18:38